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O Ataque de Israel ao Hamas - na visão de um brasileiro-israelense

por em
Antes de começar o artigo do Marc, gostaria que você assistisse a este vídeo de cinco minutos onde Dennis Prager, explica com muita propriedade e assertividade, a razão do interminável conflito entre Árabes e Judeus.



Agora que você entendeu as razões de árabes e judeus não entrarem em um acordo, leia atentamente os argumentos de Marc Abelha, um amigo Israelense que vive próximo a Tel Aviv.



Nos últimos dias amigos de todas as partes me escrevem perguntando se estou bem, vários me perguntam sobre por que Israel está atacando e o que acho. Eu e meus queridos estamos com saúde, obrigado.

O resto respondo em 5 parágrafos:

1/5 

Israel está atacando porque tem sido atacado por milhares de misseis há mais de 10 anos. Está atacando para se defender. Então por que agora? Porque nas últimas semanas esse ataque de misseis vem crescendo em número e alcance. Os serviços de inteligencia sabem do contrabando incessante de misseis, o problema e' que agora o Hamas esta usando esses misseis. E' novidade que Hamas tem por mantra Morte a Israel e a America!? Então por que a surpresa de que Hamas esta atirando misseis em Israel?

E por que a surpresa de que Israel esta se defendendo? Uma vez que a mídia de seu país não publica os fatos, a realidade em que vivemos aparece como uma surpresa para vocês.

2/5 

Quem Israel está atacando? Os líderes do Hamas e sua infraestrutura bélica. Não pensem nem por um instante que Israel esta atacando um partido politico ou um país. Hamas e' uma organização terrorista reconhecida como tal por toda a Europa, Canada, USA e Japão. E por que? Porque, assim como você pensa, não existem outros adjetivos para definir um grupo que envia jovens para se explodirem em ônibus, hotéis, restaurantes e danceterias, matando como alvo primário centenas de civis. E no estado recente das coisas, Hamas atira misseis na direção geral de cidades e centros populacionais, uma vez que o cerco de gaza torna muito difícil infiltrar um terrorista .


3/5 

Qual a característica desse ataque ate agora? Misseis teleguiados e artilharia de precisão contra alvos bélicos: Lideres militares do Hamas, seus edifícios e casas, que são usados como armazém de armas (veja os vários filmes no youtube mostrando enormes explosões secundarias apos o ataque do míssil teleguiado). Israel, como sempre, faz voos rasantes com panfletos alertando a população para afastarem-se dos alvos (!?!). Nas primeiras horas do ataque foram feitos 20.000 telefonemas avisando para afastarem-se de oficiais do Hamas e de sua infraestrutura.



4/5 

Proporcionalidade. Muitos reconhecem o direito a defender-se mas criticam o ataque de Israel como desproporcional. Proporcional a que? Se eles atiram 1.000 misseis eu tenho o direito de atirar 1.000 também? E se eles miram esses misseis nos centros populacionais, tenho eu o direito de fazer o mesmo? Seria isso proporcional? E se Israel envia 10.000 soldados para fazer um pente fino na Faixa de Gaza, procurando um por um oficiais do Hamas, poupando dessa forma a vida de civis em vez de enviar bombas teleguiadas, isso seria proporcional? Estamos em guerra e o inimigo se aproveita da nossa moralidade e de sua ignorância (com todo respeito aos meus amigos!!!).


5/5 

Questões morais. Difícil de se argumentar sobre atacar ou não o inimigo em estado de guerra, como o Hamas. O problema de atacar uma organização terrorista e' que os terroristas se escondem no meio da multidão que os protege e são alvo ao mesmo tempo. Por mais que um míssil seja guiado com precisão, ao explodir um armazém de munições existe o risco de que as explosões da munição causem um dano muito maior. Você atacaria esse alvo militar? E se esse alvo se encontra perto de um supermercado, posto de gasolina, escola ou centro comercial? Devo eu esperar que matem meus vizinhos para só então eu obter a legitimidade de atacar? Estamos em guerra, se eu sei que este prédio tem um míssil Fjer-5, capaz de matar dezenas de amigos meus, devo eu esperar que isso aconteça para só então eu atacar? Ou devo já destruir essa ameaça? Não creio que somos amigos por simples coincidência, temos semelhantes valores morais elevados...

Na foto abaixo, marcado em cores, a tática de escudo humano do Hamas.


Para os que não entendem Hebraico:

Em vermelho uma estacão lançadora de misseis Fajr-5, atinge 75 Km com 90 Kg de explosivo (e' muito), deve ter alguns misseis ai.

Em amarelo e azul, 94 metros de distancia da estacão, uma mesquita e um jardim de infância, respectivamente;

Em cor laranja, uma fabrica e um posto de gasolina (!!), 67 e 77 metros, respectivamente.

Israel deve destruir essa estacão para salvar vidas de israelenses (podem ser árabes, judeus, cristãos, etc)? imagina o que pode fazer uma fagulha azarada no posto de gasolina...

Agora o que acham de ler a este excelente artigo, vindo de um jornal ÁRABE, o qual achei que foi bastante assertivo na questão sobre "quem é realmente o inimigo principal do mundo árabe?



ABDULATEEF AL-MULHIM
Saturday 6 October 2012


No dia 6 de outubro passado, marcando os 39 anos do início da Guerra do Yom Kipur, saiu um artigo no jornal saudita ARAB NEWS, de autoria de Abdulateef al-Mulhim, a respeito do conflito de Israel com os árabes, lembrando aquela Guerra, chamada Guerra de 1973, pois árabes nunca falam em Yom Kipur; chamam, também, de Guerra de Outubro. Interessante notar que, sendo o Arab News um jornal oficial da realeza saudita, o artigo deve ter sido autorizado. Vamos apresentar os pontos importantes:

Depois de afirmar que o conflito árabe-israelí é o mais complicado já visto no mundo e, depois de 39 anos da Guerra de 1973, diz o articulista, “muitas pessoas no mundo árabe começam a fazer indagações sobre o passado, o presente e o futuro com vistas a este conflito”. Traz quatro questões referentes às guerras de 1948, 1967 e 1973, sendo as três primeiras perguntas:

“1 - qual foi o verdadeiro custo dessas guerras para o mundo árabe e seu povo?

2 – E uma pergunta ainda mais difícil, que nenhum árabe se atreve a fazer: qual o verdadeiro custo do não reconhecimento de Israel, em 1948, e por que os Estados Árabes não empregaram tais recursos em educação, saúde e infraestrutura e não em guerras?

3 – Mas a mais difícil pergunta que nenhum árabe nem quer ouvir é se Israel é de fato o verdadeiro inimigo do mundo árabe e do povo árabe?”

Diz o autor que decidiu escrever o artigo depois de ver, na Rede de TV Al Arabia, que reputa a mais vista e respeitada rede de notícias do Oriente Médio, cenas chocantes: uma criança morta devido à fome, no Yêmen; a destruição de antigo mercado em Alepo, na Síria; o subdesenvolvimento do Sinai, no Egito; a destruição por carros-bomba no Iraque e a destruição de cidades na Líbia.

E esclarece: “o que havia em comum em tudo o que tinha visto é que as atrocidades, a destruição e matanças não foram perpetradas por um inimigo externo”. e então vem a quarta pergunta:

4 - quem é o verdadeiro inimigo do mundo árabe?”.

O mundo árabe, diz, “desperdiçou dezenas de bilhões de dólares, perdeu centenas de milhares de vidas inocentes lutando contra Israel, que consideravam como um inimigo jurado e cuja existência nunca reconheceram”.(existem dois tratados de paz, um com o Egito e outro com a Jordânia, que o autor não menciona, pois fala no mundo árabe). “O mundo árabe tem muitos inimigos, mas Israel deveria estar no fim da lista. Os verdadeiros inimigos do mundo árabe são a corrupção, falta de boa educação, falta de um bom sistema de saúde, falta de respeito pelas vidas humanas e, finalmente, o mundo árabe tem muitos ditadores que usaram o conflito árabe-israelí para oprimir seu próprio povo. As atrocidades dos ditadores contra seu próprio povo são, de longe, muito piores do que as grandes guerras entre árabes e israelenses”.

E continua: “Na Síria, as atrocidades não vão além da imaginação? Não foi um ditador tunisino capaz de roubar 13 bilhões de dólares de seu pobre povo? E como pode uma criança morrer de fome no Iêmen, o país mais fértil do mundo? Por que os libaneses não podem governar um dos menores países do mundo?”

E responde: no dia 14 de maio de 1948 o Estado de Israel foi proclamado. Um dia depois, em 15 de maio, os países árabes declararam a guerra contra Israel para retomar a Palestina. Os árabes perderam a guerra e a chamaram de Nakbah, a catástrofe. Os árabes não ganharam nada e os palestinos se tornaram refugiados.

Em 1967 entraram em guerra novamente contra Israel e perderam mais território e provocaram mais refugiados palestinos. Chamaram essa guerra de Naksah, o tombo, ou a queda. Os árabes nunca admitiram a derrota nessas guerras. Veja-se que não fala em derrota na Guerra do Yom Kipur.

Na Primavera Árabe sem fim os árabes se tornaram refugiados dos seus próprios países, não porque aviões israelenses os estão bombardeando, mas é a Força Aérea Síria que está bombardeando seu próprio povo.

“Finalmente, se muitos dos estados árabes se encontram em tal desordem, então o que ocorreu com o inimigo jurado dos árabes (Israel)?

Israel tem o mais avançado sistema de pesquisa, universidades da mais alta categoria e uma infra-strutura adiantada. Muitos árabes não sabem que a expectativa de vida dos palestinos que vivem em Israel é de longe muito maior do que em muitos estados árabes, e que gozam de muito melhor liberdade política e social do que muitos dos irmãos árabes”. “A Primavera Árabe mostrou ao mundo que os palestinos são mais felizes e estão em melhor situação do que seus irmãos que lutaram para libertá-los dos israelenses”. “Então, chegou o tempo de parar com o ódio e guerras e começar a criação de melhores condições de vida para as futuras gerações árabes”.

Só cabe a nós dizer: AMEM!

Parece que algo está mudando, quando a Arábia Saudita permite, oficialmente, que tal seja dito.

+ informações sobre a história do conflito, aqui.

Abraços,

@tolstoy